Talvez uma das maiores fontes de criação seja os opostos.
Atravessar a linha que define a fronteira entre um e o outro, pode alimentar do novo e do imprevisível aqueles que conversam com a arte.
Atravessar a linha que define a fronteira entre um e o outro, pode alimentar do novo e do imprevisível aqueles que conversam com a arte.
Como artista, me atraio pelas inúmeras possibilidades que me oferecem os contrários e de certa forma me repito como arte-educador, já que as diferenças sociais me instigam a pensar as possibilidades de aproximação que podem existir.
Quando produzimos a instalação “O Muro” http://omuro-projetosocialeusou.blogspot.com.br/, queríamos promover a aproximação entre os olhares de jovens da favela do jacarezinho e os olhares da sociedade formal, tendo a arte como instrumento de ligação. Conseguimos. O numero de visitantes e as questões levantadas por eles foram surpreendentes.
Depois de alguns pousos em museus e centros culturais o Muro continua viajando. Em abril de 2014, ficou instalado por três meses no Museu Oscar Niemeyer em Curitiba.
Este ano vamos retomar a apresentação do "Muro" em novos espaços. Paralelamente demos inicio ao "Eu sou arte”, uma nova obra de instalação artística, interativa, baseada nos obstáculos que dividem a sociedade brasileira, sendo que dessa vez o recurso de comunicação utilizado para atravessar os muros sociais não serão os olhares, mas os corpos de jovens da favela e do asfalto, ocupando os vazios e os sentimentos que vão sendo criados entre eles.
Este ano vamos retomar a apresentação do "Muro" em novos espaços. Paralelamente demos inicio ao "Eu sou arte”, uma nova obra de instalação artística, interativa, baseada nos obstáculos que dividem a sociedade brasileira, sendo que dessa vez o recurso de comunicação utilizado para atravessar os muros sociais não serão os olhares, mas os corpos de jovens da favela e do asfalto, ocupando os vazios e os sentimentos que vão sendo criados entre eles.
Simplificadamente, a pergunta que dá origem ao conceito do "Eu sou arte" é:
Quando não há proximidade ou identificação entre diferentes, o que pode existir no espaço entre um e outro?
As respostas serão dadas por cada um dos participantes
Originalmente acredito que existia apenas um grande espaço vazio, mas a tendência nos dois grupos foi preenchê-lo com a indiferença e logo a seguir o preconceito.
Quando os vazios estão localizados entre grupos sociais que já não se reconhecem, como é o caso das favelas e a sociedade reconhecida, podem ir além do descaso e o preconceito para se afirmar na violência.
As respostas serão dadas por cada um dos participantes
Originalmente acredito que existia apenas um grande espaço vazio, mas a tendência nos dois grupos foi preenchê-lo com a indiferença e logo a seguir o preconceito.
Quando os vazios estão localizados entre grupos sociais que já não se reconhecem, como é o caso das favelas e a sociedade reconhecida, podem ir além do descaso e o preconceito para se afirmar na violência.
Mas e a arte? O que faz a arte?
- Amplia o olhar para além da concretude das coisas ou do olhar restritivo de um único angulo.
- Se desenvolve na falta, no vazio e não do que se apresenta pronto, completo, preenchido.
- Promove conexões do indivíduo com ele mesmo e assim a ele concede existência.
- Promove relações com códigos muito próprios, que não precisam passar por premissas ou condições sociais pré-estabelecidas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário